Te escrevo essa carta já há algum tempo. Faz alguns amontoados de meses que venho desenhando, delineando, pintando a hipótese de nós. Saímos do papel, finalmente, acho que a engenharia do mundo com seus cálculos e linhas retas deve ter pensado: "finalmente!" quando as nossas se cruzaram. Porque no fundo eu achava impossível que nós, nessa história torta que é a vida, não terminássemos juntos no final (?). Final esse que começa com um beijo tímido mas não improvisado, ensaiado já há muito tempo. Eu passo pelas mesmas ruas que eu passava antes, com algumas mudanças no cenário e também no pensamento, lembrando como eu esperei por esse tipo de amor que nós temos, espero que esse não seja mais um erro no percurso e mais um trauma do qual rirei (obrigada terapia). Vivo dias lindos com você, salvo os estresses, mas acredito que ainda temos muito para construir nessa vida doida que nós, por opção firmemente nossa, escolhemos trilhar juntos. A alegria da reciprocidade, os desafios de
Meus ponteiros parecem que andam ao contrário, disritmados tic e tacs. Não é como se regredissem mas como se não estivessem seguindo o que dura cada minuto, cada segundo. Ponteiros não se sentem exaustos de estarem perseguindo a hora errada, não se culpam por confundirem as pessoas, perder a hora de vez em quando. O problemas é que eu sou um ponteiro com emoções